Por sugestão do MPC, Tribunal de Contas fará fiscalização em Hospital Infantil de Vila Velha após denúncia sobre óbitos
Publicação em 22 de maio de 2019

Sede do Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha

O Ministério Público de Contas (MPC) teve sugestão acatada pelo Plenário do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), nesta terça-feira (21), e o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba) será alvo de fiscalização da Corte de Contas, em razão de denúncia apontando o registro de óbitos de bebês e recém-nascidos, depois da terceirização da gestão da unidade hospitalar, causados por choque séptico e septicemia bacteriana.

A informação sobre os óbitos no Himaba foi apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado do Espírito Santo (Sindsaúde-ES), que deu entrada em duas representações, sendo que na primeira pedia a apuração de eventual irregularidade no processo de implantação de gestão na saúde pública do Estado do Espírito Santo por Organizações Sociais (OS), por considerar o serviço indelegável. Na segunda representação, o sindicato afirma que a partir de dezembro de 2017 foram registradas mortes no Himaba – administrado pela Organização Social Instituto de Gestão e Humanização (IGH) – tendo como principais causas o choque séptico ou septicemia bacteriana.

Apesar de o TCE-ES decidir pelo arquivamento da representação, por entender que a terceirização hospitalar é permitida, o MPC requereu que fosse instaurada auditoria ou outro processo de fiscalização para apurar os óbitos relatados pelo sindicato, tendo em vista a gravidade dos fatos. O pedido ministerial foi acolhido pela Corte de Contas, que determinou a remessa dos autos à Secretaria Geral de Controle Externo (Segex) para que proponha e execute o instrumento de fiscalização que entenda mais pertinente para a apuração dos fatos narrados na representação proposta pelo Sindsaúde, em razão da relevância do tema.

Voto do relator no Processo 8379/2018