Concedida liminar que impede governador de Alagoas de escolher livremente novo conselheiro do TCE
Publicação em 11 de dezembro de 2015

Na tarde de quarta-feira (9), o desembargador Domingos Lima Neto concedeu liminar que impede o governador de Alagoas, Renan Filho, de indicar conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE-AL) na vaga de Luiz Eustáquio Toledo.

O desembargador tomou decisão após ação impetrada pela Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon) no último dia 2. A ação da Ampcon cita que o governador não poderá nomear ninguém que não seja do Ministério Público de Contas de Alagoas.

Além de membro do MP de Contas, o escolhido deve estar entre os três que fazem parte da lista tríplice que já foi encaminhada a Renan Filho em 22 de junho deste ano. Os procuradores Enio Andrade Pimenta, Gustavo Henrique Albuquerque Santos e Rodrigo Cavalcante concorrem à vaga.

O governador já declarou diversas vezes que precisa estudar juridicamente a quem pertence a vaga. São vários os juristas que apontam que a vaga é do MP de Contas, além da própria Procuradoria-Geral do Estado.

Nos bastidores, o comentário é de que Renan Filho teria o interesse de nomear o tio para a cadeira: o deputado estadual Olavo Calheiros (PMDB). Oficialmente, o governador nunca confirmou. Diz, apenas, ter dúvidas.

“A liminar atendeu o nosso pedido principal, que era evitar que o governador realizasse uma indicação indevida para o cargo de conselheiro. No mais, embora o relator não tenha sido expresso, é possível extrair da fundamentação da liminar que o raciocínio é de que a vaga é inquestionavelmente do Ministério Público de Contas”, diz Rafael Alcântara, procurador-geral do MPC de Alagoas.

Fonte: Tribuna Hoje e Cada Minuto

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